Nem sempre os caminhos da vida são fáceis e estáveis, mas quando se segue com amor a vontade do coração é difícil dar errado. Sobre isso a Fe Galindo sabe bem! A modelo e produtora de estilo encara desafios até hoje em um mercado com oportunidades fechadas, mas na nossa conversa ficou claro que buscar a sua essência e entregar em cada trabalho fez a diferença para a construção de todo encanto que vem gerando por onde passa.
por Gabriela Marcotti
Fe, conta pra gente de onde surgiu sua história com a arte? Você sempre quis trabalhar com moda?
Acho que minha relação com arte vem desde pequenininha, eu não sei ao certo porque escolhi moda, talvez porque na minha família a maioria das pessoas seguiram caminhos pra exatas, mas
Como é um dia de trabalho como stylist?
Longo e cansativo!! Rs é importante ressaltar que o trabalho de stylist começa antes com uma produção de moda, então antes da gente ir pro estúdio com as roupas fotografar a pauta, tem que ser feita uma produção de moda, onde são recrutadas vaaaarias peças de roupa, que depois passam por uma edição, e só depois são fotografadas. Fora também que é preciso estar atenta em todos os desfiles que acontecem, estar ligada nas tendências e afim só assim a gente consegue atender nossas pautas.
as cores do céu, texturas de comida e formas da nossa rotina.
De uns tempos pra cá, você tem feito trabalhos como modelo. É uma nova paixão?
Meu Deus sim!!! Eu nunca pensei em ser modelo, hahahah isso rolou da pandemia pra cá. Eu como boa leonina amo uma selfie e postar uns looks hahah e na pandemia algumas marcas me chamaram pra modelar, no começo foi estranho mas depois eu amei muito sair da posição de trás das câmeras para frente das câmeras e entendi que essa é uma diferente forma de expressar sua arte também.
O mercado da moda sempre foi muito fechado pra um padrão específico, você sente que isso está mudando? Qual dica você daria para se manter plena diante de tantas referências estéticas inalcançáveis?
Sim, sinto que aos poucos estamos caminhando para essas mudanças ocorrerem! Eu hoje só sou modelo com certeza porque os padrões de beleza estão mais abrangentes. Eu tenho 1,58 de altura e não sou magrinha e hoje as campanhas que mais faço são de biquíni e lingerie justamente por ter um corpo mais “real”. É importante que as mulheres se aceitem da forma que são e ter mais diferentes referências é muito importante para esse processo. O que me ajuda é me cercar de referências que se parecem mais comigo, assim encontrando beleza externamente consigo trazer pra semelhanças que enxergo em mim. Além da questão da comparação, é um processo longo em uma sociedade que estimula tanta competição feminina, mas aquele clichê de que cada beleza é única é real, e quando entendemos isso temos muito mais liberdade de sermos nós mesmas na essência!
O exercício de autoamor é uma longa jornada e muitas vezes necessário que a gente reforce todo dia, você também sente isso?
Pra mim até hoje e um processo muito longo me amar e amar meu corpo, tem várias coisinhas em mim que no dia a dia eu me pego querendo mudar, mas e muito importante saber que todas nós mulheres estamos sempre insatisfeitas com alguma coisa, e que por eu me mostrar na internet exatamente como sou inspira umas as outras então
As vezes saber que algo que eu iria mudar em mim foi uma inspiração para outra mulher se amar ainda mais, é um combustível para me enxergar de uma forma com mais carinho.
Por aqui refletimos muito sobre ouvir o coração e seguir esses caminhos, como você acha que isso se encaixa no seu momento atual de vida?
Agir com o coração é exatamente o que me trouxe até aqui, escutando minha intuição e permitindo que a vida me surpreendesse com caminhos que há alguns anos eu nem esperava que pudesse amar tanto.
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